As últimas décadas foram marcadas pela revolução digital que culminou com o surgimento de novos meios de comunicação. Desde os blogs, passando pelos sites de notícias até as redes sociais e os aplicativos de mensagens, a ascensão dessas plataformas levou muitos a decretarem o fim das “velhas” mídias, como o jornal impresso.
Mas nos momentos de crise, é natural do ser humano buscar referências em suas bases mais sólidas, como família e religião. E o mesmo acontece com as fontes de informação. É o que mostrou pesquisa divulgada pelo Datafolha em 23 de março. O levantamento avaliou a confiança da população nos meios de comunicação durante a cobertura da crise do novo Coronavírus.
O resultado mostrou que somente 12% das pessoas dizem ter confiança nas informações compartilhadas em aplicativos e redes sociais. No índice de confiança do leitor, lideraram TVs e jornais, com 61% e 56%, respectivamente.
O Datafolha mostrou também que a confiança nas redes sociais é maior entre as pessoas com mais de 60 anos e menos escolarizadas. “Entre os entrevistados que possuem formação até o ensino fundamental, 18% dizem confiar nas informações sobre a Covid-19 recebidas pelo WhatsApp. Pelo Facebook são 17%. Os dois perfis, no entanto, dizem confiar mais nos meios de comunicação profissionais”, revela a pesquisa.
Os números mostram que as mídias tradicionais ainda carregam muita credibilidade. E, por esse motivo, não podem ser relegadas quando sua empresa pensar em uma estratégia de comunicação.
O ideal é que, com base em dados sobre seu público-alvo e o público de cada veículo de mídia, seja possível elaborar uma tática que mescle a divulgação em meios mais tradicionais (como publicidade e mídia espontânea via assessoria de imprensa) com os meios digitais (redes sociais, e-mail marketing e anúncios digitais integram esse mix).
Além de mais cautelosos com a confiabilidade do conteúdo, os usuários das redes sociais estão mais sensíveis com o que é postado nessas plataformas. Falhas de comunicação disparam gatilhos que podem ser fatais para uma marca.
Portanto, é tempo de definir estratégias mais efetivas nas redes, ponderando as mensagens postadas. Nesse sentido, é essencial o apoio profissional que entende de comunicação e saberá avaliar melhor o cenário no qual sua mensagem poderá ser recebida sem ruídos e com efeitos realmente positivos para o seu negócio.
Afinal, em uma crise de saúde e de economia, a última coisa que sua empresa precisa é de uma crise de reputação, certo?
Por Luísa Gomes, Jornalista pós-graduada em Comunicação Empresarial e Mídias Digitais e assessora de comunicação da Oficina de Comunicação
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